Absolutismo Monárquico, "O Rei é um deus vivo". Veja!

Bom, um dos assuntos mais emblemáticos que dão suporte a idade moderna (1453-1789), é o Absolutismo Monárquico que gera frutos positivos e negativos para a história da humanidade tais como o controle do poder, o mercantilismo, as grandes navegações, as reformas religiosas e etc...
Vamos explicar primeiramente o que vem a ser o famoso ABSOLUTISMO MONÁRQUICO.
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piramide social inicio da idade moderna
No feudalismo, o poder real e a nobreza viviam em constante oposição. De um lado o rei, que procurava expandir seus poderes, e de outro lado os senhores feudais, que os limitavam. Se antes, a nobreza possuía privilégios em relação ao estado e os reis governavam apenas por escolha e permissão da nobreza, com a crise feudal, os novos burgueses desejavam mais liberdade comercial, pois viam a possibilidade de acumular cada vez mais bens e valores.

No século XVI, finalmente a nobreza se rendeu aos poderes dos Reis, que com o dominio sobre a Igreja, iniciaram um novo sistema político adotado na maioria dos estados europeus, o absolutismo.

O que é absolutismo?

O absolutismo é referenciado como um sistema político ou um sistema de governo, no qual a autoridade e o poder absoluto está na figura do líder, o rei. O absolutismo é caracterizado pelo controle total do Rei sobre tudo que rodeia a sociedade, Economia, política, religião, militar e etc.

O poder do rei era justificado pela divindade, e os Reis utilizavam esse artifício para garantir sua soberania. O que se pensava era que sua autoridade vinha diretamente de deus, e por isso, seu poder seria absoluto, incontestável e hereditário, ou seja, os filhos dos reis também eram destinados à realeza. O rei tinha o direito divino de governar como quisesse, enquanto o papa detinha o poder espiritual.
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Logo, as tendências absolutistas pendiam para deter também o poder religioso. Isso fez com que a igreja, que também tinha interesses ambiciosos e um sistema político próprio, se tornasse um rival em potencial contra o poder absoluto dos reis.


Toda essa estrutura absolutista era fortemente amparada por ideologias, iniciadas pelo monarca e defendidas amplamente por grandes teóricos, como Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes e Jacques-Bénigne Bossuet. .
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Thomas Hobbes
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Bossuet














Onde ocorreu o Absolutismo?
Os mais Famosos FRANÇA e INGLATERRA, aconteceu também em Portugal, na Espanha, Holanda e etc...
Os estudiosos concordam que o auge do absolutismo aconteceu na França, no século XVII, com o mais famoso rei absolutista, Luís XIV. No entanto, em outros países e até mesmo na França antes de Luís XIV.

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A Inglaterra foi o país que teve mais problemas com os seus reis. O absolutismo teve origem com o rei Henrique VIII, e com uma história muito peculiar. O rei Henrique VIII se casou com a princesa da Espanha, Catarina de Aragão. Apesar de casado, Henrique tinha fama de possuir muitas amantes.
Assista o Vídeo abaixo sobre as mulheres de Henrique VIII..

A rainha não se importava, mas sabia que tinha obrigação de ter filhos homens, que pudessem suceder o pai ao trono. No entanto, seus filhos que nasceram vivos morreram após poucas semanas, e outros eram natimortos. Apenas uma menina nasceu sadia, e recebeu o nome de Maria.

A condição da rainha deixava Henrique impaciente, e na esperança de deixar um sucessor, ele considerou a opção de aceitar um filho ilegítimo (fora do casamento) ou se divorciar de Catarina, o que era considerado inaceitável para a igreja Católica. Com a negativa do papa em anular seu casamento, Henrique rompeu com a igreja Católica e fundou a Igreja Anglicana, tendo assim, poder absoluto sobre todas as questões, políticas, econômicas e religiosas, da Inglaterra.

Henrique se casou com Ana Bolena antes de anular o casamento com Catarina, mas com o domínio sobre a Igreja Anglicana, seu casamento com Ana foi validado, e com Catarina foi anulado. Ana Bolena tinha gênio forte, e teve apenas uma filha. Insatisfeito com a postura da nova esposa, o rei tentava descobrir uma nova maneira de anular novamente seu casamento, sem precisar voltar para Catarina.

Seus argumentos eram que ele não poderia ter se casado com Ana, sem antes ter seu casamento com Catarina anulado, e por isso, o casamento com Ana nunca teria sido válido (mesmo após pedir a validação aos membros de sua igreja).

Após abortar um menino, logo após receber a notícia de que Catarina teria morrido, Ana já sabia que não duraria muito tempo como esposa do rei. Não se sabe se houve conspiração, ou se de fato Ana traiu o rei, mas ela foi acusada de ter relações sexuais com o próprio irmão. Ela foi condenada por adultério e incesto, e executada dois dias após o irmão, em 19 de maio de 1536. Essa história foi contada no filme “A outra”, que faz clara referência ao tipo de governo de Henrique.

No dia seguinte, Henrique já estava noivo de uma das damas de companhia da rainha, e o casamento foi realizado dez dias depois. Joana de Seymour, a nova esposa do rei, deu a luz ao príncipe Eduardo, sucessor legítimo do trono. Ela morreu logo depois, por complicações no parto, e não demorou até Henrique procurar uma nova esposa.

Depois de Joana, Henrique se casou com Ana de Cleves, casamento que foi também anulado, e com Catarina Howard, decapitada por traição. A última esposa do rei foi Catarina Parr. O período de governo do rei Henrique VIII é uma grande exemplo de poder absolutista. As vontades do rei, mesmo que fosse pessoais e nada tivessem a ver com interesses do povo, deveriam ser seguidas sem contestação.
Assista ao vídeo desenho sobre o Absolutismo




fontes:
BURNS, Edward Mcnall. A era do absolutismo. In: História da Civilização Ocidental 43ºed. São Paulo: Editora Globo, 2005. pp.425-451 vol.2. 
Site: História online, acesso março de 2017.
Fotos: Google Imagens
Vídeos: Youtube

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