16 Anos de Coldplay - História viva da Música Contemporânea

Na História do Rock seria impossível falar de Música sem falar de ColdPlay, e seus 16 anos de História. Música é História viva em Melodia.

Veja o Histórico: 

A banda teve início quando Chris Martin (vocalista/pianista) e Johnny Buckland (guitarrista) se encontraram na universidade, em 1996 e depois de trocarem algumas conversas viram que tinham gostos musicais em comum e decidiram formar uma banda. Para completar a banda (por enquanto) os dois chamaram Guy Berryman para ocupar a vaga de baixista da banda e assim estava formada a banda Pectoralz.

Em 1997 a banda ainda como um trio e já fazendo algumas apresentações nos "estabelecimentos" (barzinhos) perto da faculdade onde os três estudavam decidiram mudar o nome para Starfish.

Em algum momento desses dois anos tocando em trio e sem uma percussão a banda percebeu que faltava alguma coisa no som de suas músicas e alguém deve "ter dado um toque" que faltava um baterista na banda. Então para segurar as baquetas da banda foi chamado Will Champion.

Fato interessante: Will Champion aprendeu a tocar bateria depois de entrar para a banda, antes disso ele tocava piano, guitarra, baixo e tin whistle (uma espécie de flauta usada em músicas medievais e celta).

O nome Coldplay veio quase junto com a entrada de Will Champion, quando um estudante da mesma universidade dos rapazes os viu tocando e sugeriu que eles usassem esse nome (que na época era o nome da banda desse rapaz).

A banda gravou seu primeiro EP independente com o nome de Safety EP foram feitas 500 cópias que foram distribuídas para amigos, família e rádios locais deixando cerca de 50 cópias para que eles pudessem vender e conseguir algum lucro. O EP tinha três músicas e é considerado uma raridade pelos fãs da banda (afinal não tem nenhuma cópia "oficial" além dessas 500 tiragens originais).

O EP parece ter dado resultado pois no final do ano de 1998 a banda conseguiu um contrato com uma pequena gravadora inglesa para lançar seu segundo EP. Intitulado "Brother & Sisters" o EP trazia mais três músicas e foi lançado em 1999.

Na primavera de 1999 (depois de concluírem seus exames finais na faculdade. Viva os nerds!) a banda assinou um contrato para o lançamento de cinco álbuns com a gravadora Parlophone e depois de sua apresentação no Festival de Glastonbury (considerado o maior festival do mundo à céu aberto) a banda lançou seu terceiro EP (sim são três EP's e nenhum "álbum de verdade"). "The Blue Room" trazia cinco músicas sendo duas do EP anterior e duas que estariam no seu primeiro álbum. Foram feitas originalmente 5.000 cópias pela gravadora e colocadas à venda.

Fato interessante: Durante as gravações do EP "The Blue Room" Chris Martin chegou a demitir Will Champion depois de uma briga que ambos tiveram. Martin acabou se arrependendo, pediu desculpas e pediu para que Champion voltasse para a banda. Desde então a banda tem algumas "regras para a boa convivência" como dividir seus lucros igualmente, ou não usar qualquer tipo de droga PESADA (viram crianças nada de crack, coca, ox e etc. só um fuminho e uma maconha pra expandir a mente de vez em quando. Brincadeira não façam isso, se vocês não tem criatividade para música arranjem outro hobby ou profissão).

Depois de três EP's sem muito sucesso ou reconhecimento do público e rádios e etc. a banda finalmente decidiu gravar um álbum inteiro. Durante o final de 1999 e o início de 2000 a banda se revezou em apresentações e as gravações do álbum de estréia. O resultado foi o álbum "Parachute" que trouxe a primeira música de "sucesso" da banda. "Shiver" foi lançada como single 4 meses antes do álbum e alcançou o Top 40 do Reino Unido ficando em 35º lugar. O single "Yellow" foi lançado também antes do álbum, cerca de um mês antes, e a banda tinha a expectativa de que a música ficasse no top 5 inglês. Toda a torcida dos rapazes deu certo. A música estreou em 4º lugar no Reino Unido e deu mais confiança para o lançamento do álbum.

Em julho de 2000 o álbum foi lançado no Reino Unido e estreou em primeiro lugar na sua terra natal, conquistando rapidamente o público. Já nos EUA o álbum foi lançado apenas em novembro daquele ano e conseguiu apenas um desempenho médio (mas quem liga para os EUA não é mesmo?). O sucesso na Europa "estava feito" mas eles ainda precisavam conquistar os americanos e para isso saíram em turnê pelos EUA para divulgação do seu álbum (eles ligam para os EUA). O resultado foi uma certificação de platina-dupla pelo seu álbum pouco tempo depois e vencendo o prêmio de "Melhor Música Alternativa" no Grammy de 2002.

Depois do sucesso alcançado pela banda com seu álbum de estréia eles voltaram para o estúdio em 2001 para começar as gravações do seu novo álbum. A primeira música a ser gravada no novo álbum foi "In My Place" que inclusive já havia sido tocada na turnê de divulgação do seu álbum anterior. A música foi o primeiro single lançado do novo álbum.

O álbum só foi lançado em 2002 com o nome de "A Rush of Blood to the Head" e trazia músicas como "In My Place", "Clocks" e "The Scientist". Não preciso dizer que o álbum foi um sucesso ainda maior que o anterior, ganhando mais dois Grammy's em 2003 por "Melhor Álbum de Música Alternativa" e em 2004 "Gravação do Ano" com "Clocks" (meio atrasado né mas ta valendo). Além disso a banda foi escolhida pelos leitores da revista Rolling Stones como melhor banda do mundo no ano de 2003.

A turnê de divulgação do álbum passou pelos cinco continentes do planeta e teve uma duração de mais de um ano (com início em junho de 2002 até setembro de 2003) e as apresentações na Austrália que renderam o primeiro álbum ao vivo da banda, lançado em CD e DVD o "Live 2003" (nome bastante criativo).

Durante o ano de 2004, terminada a turnê e demais compromissos da banda eles decidiram se afastar um pouco das apresentações e da mídia para se concentrarem na gravação do seu novo álbum.

Em 2005 o trabalho estava pronto e foi lançado sob o nome de "X&Y" sendo o álbum mais vendido do mundo no ano de 2005 com cerca de 8,3 milhões de cópias vendidas naquele ano. O álbum tinha músicas como "Speed of Sound", "Fix You" e "Talk". Mesmo  que à primeira vista tudo pareça lindo e muito bom a verdade é que o álbum foi muito criticado pela "crítica", sendo que com as comparações com o álbum anterior ele acabou sendo "menosprezado" (eu tenho que admitir que dessa vez eu concordo com a crítica e prefiro o álbum anterior, mas não precisa acabar com o álbum também. Até que ficou bom).

Com essas críticas negativas Chris Martin disse que se sentia aliviado e menos pressionado para o futuro e que era algo libertador (vai entender).

Mas as críticas parecem realmente ter aliviado a banda. Seu novo álbum começou a ser gravado em 2006.

O primeiro single lançado foi a música "Violet Hill" com uma sonoridade um pouco mais pesada e com menos "falsetes" de Martin (para aqueles que não sabem, falsete é aquela voz aguda, ou fina vamos assim dizer que é muito comum principalmente nas gravações anteriores à esse álbum do Coldplay). A música foi disponibilizada para download gratuito no site da banda durante uma semana e atingiu a marca de 2 milhões de downloads. Depois disso passou a ser comercializada digitalmente atingindo o Top 10 do Reino Unido e o Top 40 norte americano.

O segundo single do álbum foi a música "Viva la Vida" que foi o primeiro single da banda a atingir o primeiro lugar na Hot 100 nos EUA (na humilde opinião daquele que vos fala essa é a melhor música deles, tanto pela letra quanto pela melodia).

O álbum "Viva la Vida or Death and All His Friends" foi lançado em junho de 2008 e foi o mais vendido daquele ano e fez um enorme sucesso tanto com os críticos quando com o público.

O sucesso do álbum rendeu para a banda mais uma turnê mundial. Durante alguns shows dessa turnê foram usadas algumas músicas para a gravação do álbum ao vivo "LefRightLeftRightLeft".

Depois do fim da turnê a banda volta para estúdio novamente (os incansáveis) para começar as gravações de seu novo álbum.

O primeiro single do novo trabalho da banda foi "Every Teardrop is a Waterfall". Além disso durante suas apresentações outras seis músicas foram "mostradas" ao público: "Charlie Brown", "Princess of China" (que mais tarde seria gravada e lançada em parceria com a cantora Rihanna), "Hurts Like Heaven", "Us Against the World", "Majur Minus" e "Mylo Xyloto" (que posteriormente foi confirmado como título do novo álbum). O último single lançado antes do novo álbum foi "Paradise" (que é muito boa mas tocou até encher o saco nas rádios).

O lançamento do novo álbum foi um verdadeiro sucesso em todo o mundo, lançado em 2011 o álbum "Mylo Xyloto" teve cerca de 208 mil cópias vendidas na primeira semana no Reino Unido e 447 mil cópias nos EUA ficando em primeiro lugar de vendas em diversos outros países (além dos dois já citados).

Além disso em 2011 a banda veio para o festival brasileiro Rock in Rio sendo uma das bandas mais aguardadas por grande parte do público brasileiro.

Em 2012 a banda lançou mais um álbum ao vivo gravado durante seus shows da "Mylo Xyloto Tour". Intitulado "Live 2012" o álbum trazia também gravações de bastidores e depoimentos dos membros da banda.

A banda tinha alguns shows marcados na América Latina para o início de 2013 mas acabou cancelando por "circunstâncias além de seu controle" e alguns dias depois anunciou que iria "dar um tempo" de grandes shows por cerca de 3 anos.

Agora nos resta torcer para que a banda volte logo a estúdio e lance mais músicas para continuarmos ouvindo Coldplay (e para as rádios tocarem alguma música deles além de "Paradise").

Coldplay é uma banda que nos mostra que é possível sim fazer uma música de qualidade, falar sobre sentimentos (sem "boiolagem") e fazer sucesso no mundo todo sem apelar e que sirva de inspiração para muitos que começam hoje em dia. Viva o Coldplay.

Seguindo as especulações que em 2014 será o ano do LP6 o próximo Álbum de Coldplay que será lançado entre o final de Maio e Agosto.